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quinta-feira, 26 de junho de 2008

2001, Uma Odisseia no Espaço



Stanley Kubrick (De Olhos Bem Fechados) dirige este clássico da ficção científica, que mostra a interferência de um monolito negro na história da humanidade. Vencedor do Oscar de Efeitos Especiais.



Ficha Técnica

Título Original: 2001: A Space Odissey
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 149 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1968
Estúdio: MGM / Polaris
Distribuição: MGM
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke
Produção: Stanley Kubrick
Direção de Fotografia: Geoffrey Unsworth e John Alcott
Desenho de Produção: Ernest Archer, Harry Lange e Anthony Masters
Direção de Arte: John Hoesli
Figurino: Hardy Amies
Edição: Ray Lovejoy
Efeitos Especiais: MGM


Elenco

Keir Dullea (David Bowman)
Gary Lockwood (Frank Poole)
William Sylvester (Dr. Heywood R. Floyd)
Leonard Rossiter (Smyslov)
Margaret Tyrack (Elena)
Robert Beatty (Dr. Halvorsen)
Sean Sullivan (Michaels)
Douglas Rain (Voz de HAL 9000)
Daniel Richter


Sinopse

Desde a "Aurora do Homem" (a pré-história), um misterioso monolito negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas liderados pelo experiente David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) é enviada à Júpiter para investigar o enigmático monolito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000. Entretanto, no meio da viagem HAL entra em pane e tenta assumir o controle da nave, eliminando um a um os tripulantes.


Premiações

Ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Especiais. Além disto, foi indicado em outras 3 categorias: Melhor Diretor, Melhor Direção de Arte e Melhor Roteiro Original.


Curiosidades

- Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke desenvolveram simultaneamente a história de 2001 - Uma Odisséia no Espaço. Enquanto Kubrick trabalhava em cima do roteiro, Clarke escrevia o livro, com ambos trocando idéias e opiniões durante o trabalho. Era inclusive intenção de Clarke, ao lançar o livro, colocar Stanley Kubrick como co-autor da história, mas o diretor não autorizou a utilização de seu nome.


- Inicialmente era intenção de Kubrick que Alex North, com quem já trabalhara em Spartacus, criasse uma trilha sonora própria para 2001. Entretanto, tempos depois o diretor desistiu da idéia e resolveu por apenas utilizar canções clássicas conhecidas como tema musical do filme. Posteriormente a trilha composta por North foi lançada em CD com o título "Alex North's 2001".- Douglas Rain, intérprete da voz do computador HAL, não chegou a ir aos sets de filmagem um único dia sequer.


- O filme custou cerca de US$10 milhões, tendo arrecadado mais de US$190 milhões em todo o mundo.


- Seguido por 2010 - O Ano em que Faremos Contato.



Fontes de Informação para este Filme:


http://www.adorocinema.com/filmes/2001/2001.asp#Ficha%20Técnica

http://www.cineplayers.com/critica.php?id=576

http://pt.wikipedia.org/wiki/2001:_A_Space_Odyssey

http://www.geocities.com/Area51/Shire/9828/

Videos no Youtube


Crítica

É unânime o veredicto de que "2001: Uma odisséia no espaço" de Stanley Kubrick, é o melhor filme de ficção de todos os tempos. Baseado no conto "A Sentinela" (The Sentinel), de Arthur C. Clarke, também considerado o maior escritor de ficção cientifica, o roteiro foi concebido a quatro mãos, por Kubrick e Clarke, consumindo três anos de filmagem com requintes até hoje insuperáveis.


Premunidor, mesmo tendo sido realizado há trinta anos, ele antecipou a era soberana da informática e varias teorias astrofísicas que depois seriam de domínio publico como a teoria do Big-Bang, do buraco negro e, atualmente, da clonagem humana, se for considerado que o comandante Dave Bowman (Keir Dullea) morre ao completar sua missão em Júpiter e retorna à vida na forma embrionária.

Stanley Kubrick provocou ainda avanços nas técnicas de filmagem, introduzido o conceito do ‘steadicam’, ou seja, fazendo uma imensa equipe carregar nas mãos a pesada câmera da Panavision, para inspirar o efeito realístico de cenas de grande tensão no filme. Por exemplo, na seqüência em que o grupo de cientistas visita o monolito escavado na superfície da lua, passando a impressão de que o olhar do espectador, o efeito de câmera subjetiva, segue junto para ver o mistério de perto. Aliás, os personagens de Kubrick ‘pisaram na Lua’ um ano antes dos astronautas da NASA.

Outra inovação de Kubrick foi a introdução da câmera de vídeo no set de filmagem para registrar os mesmos movimentos das câmeras de filmar em película. Com esse recurso Kubrick podia acompanhar as filmagens de uma outra parte do gigantesco estúdio inglês MGM Borehamwood. Essa aplicação de vídeo foi depois aperfeiçoada e disseminada em todas as produções de cinema.

Hoje, na era da Internet, o culto a "2001: Uma odisséia no espaço", faz o filme ser o tema de filme mais visitado em todo mundo. Os modernos navegadores podem explorar e se fartar sobre o tema do filme clássico, da sua importância crescente através dos anos, à transformação cabalística sofrida pelo simpático numero 2001.

Entre as curiosidades de "2001: Uma odisséia no espaço", está uma avaliação da época do lançamento original do filme sobre a razão de tanto sucesso entre o publico jovem. Tal sucesso era então atribuído às suas imagens psicodélicas nas seqüências do túnel de luz, considerada a visão mais próxima possível dos efeitos de uma viagem de LSD, sem se ter tomado a droga.

Embora o filme seja repleto de citações de marcas que contribuíram para sua realização, foi com a IBM que Kubrick entrou em linha de confronto. Quando a International Business Machine soube que o computador-personagem a bordo se revelaria um vilão insistiu para que seu logotipo fosse retirado. Mas até hoje os teóricos da conspiração mantém a tese de que Clark e Kubrick aplicaram um golpe de mestre ao rebatizar o computador de HAL - que nada mais é do que a sigla IBM com cada letra do logotipo avançando uma casa - sem se dobrar às exigências da reclamante.

Reforçando a impressão de que "2001: Uma odisséia no espaço" é sobretudo uma obra prima da ficção científica feita de imagens espetaculares, devem ser esperados 25 minutos para que se ouçam as primeiras palavras faladas no filme. Os espectadores consultados no lançamento original do filme ficavam espantados ao saber que por quase meia hora haviam ficado como que hipnotizados apenas por imagens deslumbrantes.

O relançamento de "2001: Uma odisséia no espaço" reserva aos espectadores brasileiros duas seqüências não apresentadas no lançamento original do filme em 4 de julho de 1968: a primeira na abertura do filme e a outra no início da sétima parte, ambas no escuro total, apenas com uma suave música que induz ao relaxamento e à introspecção. A primeira introdução em negro dura exatos 55 segundos. A segunda dura dois minutos e dezenove segundos.

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